quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Entrevistado do blog - Carlos André!


        Graduado em Comunicação Social - Hab. Publicidade e Propaganda - Faculdades Integradas Teresa D'Ávila (2004), pós-graduado em Marketing e Negócios pela Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF, e extensão em Marketing de Serviços (2005) pela Fundação Getúlio Vargas – FGV, Mestrando em Comunicação pela Universidade Paulista. Tem experiências na área de Comunicação, Marketing e Administração, com ênfase em Marketing de Serviços e Gestão.

        Foi um dos pioneiros no desenvolvimento web na região do Vale do Paraíba/SP trabalhando e especializando-se no segmento desde 1997. Durante esses anos atuou em diversas áreas como direção de criação, arquitetura de informação, produção e desenvolvimento, além de gerenciamento de equipes para projetos web. Criou e dirigi há 11 anos a primeira agência web da região. 
Em 2003 foi chamado para compor a equipe da Rádio Cultura de Lorena - emissora da Rede Bandeirantes de Rádio que possui uma parceria com as Faculdades Integradas Teresa D Ávila.  Desde então, até dezembro de 2006, participou do crescimento da rádio trabalhando na criação ou remodelação de áreas como técnica, jornalismo e programação. Durante esse tempo implantou o departamento técnico e o departamento de jornalismo criando programas diferenciados e exclusivos aliando criatividade ao trabalho de profissionais e alunos dos cursos de comunicação social. Também criou e dirigiu coberturas de eventos e datas importantes que marcaram o trabalho jornalístico do rádio regional.
        Nos anos de 2005 e 2006 atuou como coordenador comercial e de marketing da emissora.  Em Rádio e Televisão ainda atuou como coordenador de programação em emissoras de rádio e como consultor no treinamento de equipes de direção e produção na Rede Aparecida de Comunicação. 
Atuou como coordenador de Comunicação e Marketing das Faculdades Integradas Teresa D'Ávila (Lorena/SP) e das Faculdades Integradas Coração de Jesus (Santo André/SP), e de ambos os colégios que integram essas instituições.  
        Desde 2003 vem trabalhando e se especializando na formação de alunos assim como na coordenação de núcleos experimentais universitários, na produção de conteúdo e na formação docente para tutoria em EAD. 
Atualmente dedica-se a pesquisas na área de comunicação, tendo como principal tema a cibercultura.        



Medusa: Qual é a maior empresa de games atualmente em termos de mercado e, em sua opinião, a que isso se deve?

C.A.: Em termos de mercado a maior empresa de games atualmente é a Activision Blizzard. Ela é o resultado de uma fusão entre a Vivendi Games e a Blizzard Entertainment que aconteceu entre os anos de 2007 e 2008. Ambas já eram empresas de grande porte no mercado de produção ou distribuição de games e com essa fusão acabaram por ultrapassar a Eletronic Arts, líder do segmento até então. Mesmo com o avanço de outras marcas produtoras, a Blizzard conseguiu manter a liderança do mercado e acredito que um dos maiores motivos é a grande rede de produção e distribuição que ela manteve, mesmo após a fusão.

Medusa: Quais foram às mudanças tecnológicas ocorridas neste mercado nos últimos anos?

C.A.: O mercado de games é um dos mercados que se encontra baseado quase que exclusivamente em uma variável: tecnologia. É claro que criatividade é importante, manter uma boa rede de distribuidores e ficar atento a novos mercados mundo afora, também. Mas esse mercado tem se pautado por fases que determinam, em muitos casos, a subida ou caída de alguma empresa. Quem consegue desenvolver uma nova tecnologia, ou consegue explora-la ao máximo, é quem consegue vantagem competitiva. Então creio que as maiores mudanças nos últimos anos seja o avanço na aplicação da tecnologia 3D e sua difusão.

Medusa: Em sua opinião a abrangência mundial do mercado de games aumentou na ultima década? Por quê?

C.A.: Sim, claro! E muito. Em outros tempos países como o EUA e o Japão eram os maiores mercados produtos e consumidores de games. A consolidação de novos mercados consumidores, principalmente nos BRIC’s, foi de grande importância para o segmento. Também acredito que a criação e distribuição novos consoles tenha um papel fundamental no aumento dessa abrangência.

Medusa: O que você acha sobre a estratégia da Nintendo ao perder uma fatia de mercado na área de consoles, passando a investir na área de vídeo games móveis como 3ds?

C.A.: Não conheço de forma aprofundada as estratégias de mercado da Nintendo. Mas, como uma empresa que já está há mais de 100 anos no mercado, acredito que ela realmente precise se diversificar, atualizar e procurar brechas na cadeia de serviços ou em subsegmentos do mercado de games que lhe ofereça um crescimento orgânico e constante. Outrora a Nintendo perdeu participação no mercado de consoles justamente por esse motivo: não soube se atualizar e acompanhar a evolução da concorrência. Daqui pra frente todas terão que pulverizar a atuação em várias frentes dentro do mesmo mercado, se desejarem sobreviver. É o momento da interatividade e principalmente da convergência.

Medusa: A empresa Level Up! vem se destacando por produzir jogos online altamente interativos, que permitem o contato entre pessoas de diversos lugares do globo em tempo real usando um computador comum e não um console para rodar os jogos. Além disso, mantém essas pessoas ligadas também nos fóruns e numa linha de revistas. Na sua opinião, é possível que as marcas que produzem consoles migrem para este segmento acabando com a produção de vídeo games?

C.A.: Como eu disse anteriormente, quem não souber se reinventar vai ficar para trás. Outra grande transformação do mercado de games nos últimos anos foi justamente a migração da interação local para a interação em rede. Esse tipo de ação começou com as mesmas empresas que já produziam jogos não apenas para console, mas também para PC’s. Estima-se que hoje existam mais usuários jogando em rede do que jogando localmente, com outro usuário. Essa é uma tendência que chegou na década de 90 e chegou para ficar. A constituição das famílias segue uma linha de queda e o número de filhos por casa cai a cada geração. Isso criou um mercado potencial de usuários únicos, que necessitam da interação em rede para a diversão. E é nesse contexto que empresas como Level Up! e tantas outras vão se estabelecer a longo prazo, usando como plataforma a Internet.

Medusa: Cite um case interessante e atual que envolva uma das quatro maiores empresas de games (Sony, Level Up!, Microsoft e Nintendo).

C.A.: Existem muitos cases de inovações tecnológicas, lançamentos de jogos baseados                    em franquias, que poderiam ser citados. Contudo, observo um movimento muito interessante no mercado nacional e classifico hoje como um case relevante para a área. É o projeto Jogo Justo. Criado pelo empresário Moacyr Alves, tem como objetivo reduzir no Brasil o valor dos preços de games e sua cadeia produtiva, incentivando a produção nacional. Ele fez uma pesquisa comparativa interessante levando em conta os preços no mercado americano e brasileiro, e mostrou como existe uma grande diferença nos valores de comercialização. Para combater esse tipo de problema, ele criou o projeto Jogo Justo e tem conseguido a adesão de muitos colaboradores e empresas de diversos segmentos, inclusive do mercado de varejo.             

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